Meu mundo...

O mundo da literatura faz parte da minha vida desde a infância, adoro estar lendo um novo livro em meus momentos de descanso, acredito que isso é graças aos meus pais deram o exemplo como leitores e me proporcionaram um ambiente cheio de estantes de livros.

Recordo-me do primeiro livro que li, e o quanto me senti completa, capaz, feliz... Até o ponto em que todas as pessoas que iam a minha casa precisavam me ouvir lendo “O gato de botas”.

Depois desse livro, não parei mais de ler, me diverti, me emocionei, me irritei, aprendi e compreendi a realidade com inúmeras obras de escritores, como Ziraldo, Maurício de Souza Vinicius de Morais, Ruth Rocha, Cecília Meireles, Luis Fernando Veríssimo, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, José de Alencar, Manoel de Barros, Fernando Pessoa...

Com o passar do tempo, fui ampliando ainda mais meu repertório, na faculdade adorava os Seminários de Mediação de leitura, o último que participei se chamava “Uma noite em Londres com Shakespeare”, no qual nossa professora de teoria literária fez leitura e apresentação de excertos de obras de William Shakespeare, nos deixando curiosos por aprofundar e conhecer melhor os textos do grande escritor.

Sempre em minhas aulas procuro utilizar essa didática de mediação de leitura, tentando despertar a curiosidade e o interesse do aluno para ler determinada obra literária, já que a leitura nos torna pessoas mais questionadoras, apresenta-nos um novo lugar, uma nova cultura, diversificadas formas de analisar uma circunstância ou assunto e isso tudo deve ser possibilitado para todos. 

Tentativas e erros

Todos nós, ao longo da vida, superamos nossos desafios por tentativa e erro.

Cá estou eu tentando, e errando, para conseguir atingir meu objetivo: aprender 

com o curso e com vocês.

COMENTÁRIO da TUTORA

"Alguns relatos foram muito interessantes, dos quais, cito alguns trechos: a Luciana cita que seu professor de História a inspirou com sua “linha do tempo”; a Joelma nos passa como a leitura a ensinou a se relacionar com as pessoas, a administrar sua vida, apesar das dificuldades que teve; o Ricardo Pereira nos mostra como os livros o tornaram mais questionador e o fizeram ter outra inserção no mundo, também conta como seu pai o incentivou com seu exemplo de leitor; a Ana Rita, conta a emoção que sentiu ao ouvir uma poesia em sua igreja e as belas lembranças que tem da leitura por seus familiares; a Cleuza nos mostra como um professor a incentivou a “ler tudo, até gibi”, e como a profissão de seus pais, que numa época adquiriram uma banca de revistas e que isso a fez ter mais contato com a leitura e a incentivar a ler livros; a Sheyla fala de seus livros marcantes e de alguns relacionados ao esporte que leu; a Ângela nos mostra como sua mãe a incentivava a ler e do incentivo de uma professora; a Maria Cristina diz que começou lendo gibis, mas que hoje lê de tudo (tal como Danusa Leão) e cita alguns títulos, os quais me marcaram também, quando eu era adolescente; o Ricardo Teotônio cita o estudo que fez do poema Balalaica; a Sônia conta que o que mais a incentivava eram as aulas de História.  Portanto, pessoal, são belos exemplos que os colegas nos mostraram."

ELIANA WAITEMAN MANOEL

LER e ESCREVER é GENÉTICO?

Quando pensei em experiência de leitura, várias situações vieram à minha mente, mas qual foi minha surpresa ao constatar que gostar de ler e escrever, no meu caso, é genético.

- Genético? Como assim?

Contava minha finada mãe (1931-1995) que já nos idos de sua infância, de uma família rural de mais de uma dezena de irmãos, ela seguia minha avó com um pedaço de papel de pão e um pedaço de carvão perguntando como se escrevia essa ou aquela palavra. Autodidata, D. Terezinha, lia tudo o que vinha à sua mão e copiava orações, receitas, músicas sertanejas...e qualquer texto que lhe interessa-se.

Que eu me lembre sempre li tudo até anúncios que antigamente tinha nos ônibus urbanos de São Paulo, onde eu morava. Curiosa, os escritos me acrescentavam informação e conhecimento.

Acredito que meu primeiro grande feito literário foi a leitura de toda a coleção do poeta J.G. de Araújo Jorge, na biblioteca do colégio Macedo Soares, em São Paulo (1974).

Esse interesse pela leitura, e a associação com a informação e o conhecimento, é o que busco passar para meus alunos. Além do que o conhecimento é que abre as portas para o crescimento pessoal, social e  profissional.

CLAISLIE LEAL ROSA LIMA CASTRO

A LEITURA É MINHA VIDA

Quando eu era criança, via filmes onde as crianças iam para cama, acendiam o abajur e liam um lindo livro. Eu sonhava em ter um abajur para poder ler.

Depois eu fui estudar numa escola que tinha uma biblioteca e eu fiquei totalmente satisfeita em poder ler todos aqueles livros, a minha pobreza não me impedia mais de conhecer lugares, pessoas, viver experiências diferentes e até então impossíveis de viver.

Foram as muitas leituras que me ensinaram a me relacionar com pessoas, ter postura em sala de aula, administrar minha vida.

Para todos meus problemas sempre existe um bom livro que me ajuda a solucionar! E para todo tempo livre existe um livro com emoções a ser vivida.

Quando eu comecei a fazer Letras, meu professor de Literatura Brasileira entrou na sala, fez a chamada e então com a voz mais cativante possível começou a declamar Soneto de Fidelidade. Foi incrível! (Foi uma experiência que eu não consegui ainda transmitir aos meus alunos.) Eu conhecia poesia mais como um poema de datas festivas que decorávamos na escola e apresentávamos nos programas cívicos ou comemorativos. Também conhecia poesia como expressão de amor que eu e minhas amigas copiávamos para os paqueras. Mas agora eu estava seno apresentada à poesia como expressão de sentimentos escrita e também falada.

Hoje, gosto mais de falar, apresentar um assunto ou ler uma poesia que escrever.

Texto introdutório módulo 2

Introdução Módulo 2

Estes textos são as experiências pessoais de cada um dos integrantes do grupo 01, do curso de Práticas da Leitura e da Escrita na Contemporaneidade, da Escola de Formação de Professores do estado de São Paulo.

Eles buscam retratar nossas memórias em relação às experiências com a leitura e a escrita.

Ao ler os textos vocês verão que cada um, a seu modo, guarda uma lembrança de como tudo começou...

Que nós, como professores, saibamos ser boas lembranças para nossos alunos.

Grupo 01: Agnis Mariane Silva, Aline Cristina Buozi, Anelice Santos, Claislie Leal, Joelma Dantas.